26 de Abril de2024


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últimas Domingo, 21 de Outubro de 2012, 12:02 - A | A

Domingo, 21 de Outubro de 2012, 12h:02 - A | A

Temos que investigar

Como senador da República e esposo da candidata Lucimar Campos, peço à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Tribunal Regional Eleitoral, empenho e rigor máximo na apuração destes fatos. Pois nosso município não pode ser vítima de crime eleitoral

JAYME CAMPOS

Mayke Toscano/Hipernotícias

A democracia não é um regime que se esgota em si. Ao contrário, se aperfeiçoa com as revisões periódicas e ganha força na contraposição de idéias. Por isso, a convergência de princípios e a soma de virtudes transformam o sistema democrático na base da convivência entre os contrários. Alimentando, desta forma, o próprio espírito humano na essencial evolução das relações políticas entre os diferentes grupos que compõem uma comunidade.Sendo assim, a democracia deve ser observada como o principal elo de uma corrente institucional que garante ao indivíduo vivenciar suas experiências sem, contudo, renunciar a convivência política com o grupo. Ou seja, na democracia, a parte é tão importante quanto o todo. Por isso mesmo, requer vigilância e fiscalização. Pois, baseia-se unicamente na presunção de virtudes e princípios políticos inalienáveis. O sufrágio é, por assim dizer, o alicerce deste sistema, visto que permite ao cidadão a isonomia nas decisões de caráter coletivo. O voto, mais que um direito político, é o registro expresso da supremacia do povo sobre as oligarquias. O sufrágio possibilita a revolução silenciosa e consentida contra a corrupção, a miséria e a ineficiência na gestão pública. Voto não se vende, não se troca e não se negocia. Ele é o principal título de cidadania de um indivíduo. Infelizmente, assistimos nas últimas eleições um verdadeiro derrame de dinheiro e boca de urna no pleito municipal de Várzea Grande. Todos os prognósticos ficaram malogrados pela sanha voluptuosa dos corruptores. Abordavam eleitores nas filas brandindo cédulas nas mãos, falsificaram títulos eleitorais para votarem em nome de terceiros e manipularam mesários e agentes públicos na tentativa de encobrir as fraudes. Mas, se os homens da lei não perceberam de imediato a grande farsa eleitoral, urdida no dia da votação, coube ao destino promover uma reparação fazendo surgir em terrenos baldios da cidade, uma série de documentos que comprovam a existência de uma inegável fraude eleitoral em Várzea Grande. Títulos eleitorais, carteiras de identidade, agendas com nomes e seções, além de fotos 3x4 e comprovantes de votação, foram encontrados casualmente por populares em regiões afastadas do município. O manto da desonestidade sucumbiu ao acaso. Os fatos foram relatados às autoridades policiais e jurídicas. Como senador da República e esposo da candidata Lucimar Campos, peço à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Tribunal Regional Eleitoral, empenho e rigor máximo na apuração destes fatos. Pois, já traumatizado, nosso município não pode ser vítima de mais um tenebroso ato de corrupção eleitoral que além de manipular o resultado do pleito, ainda usurpa a tranqüilidade de nossa gente. Compete agora aos agentes da lei dar respostas e desbaratar esta verdadeira quadrilha que tem roubado os sonhos, a esperança e o futuro dos várzea-grandenses. (*) JAYME CAMPOS é senador da República pelo DEM de Mato Grosso. Artigo publicado originalmente no jornal Diário de Cuiabá deste domingo.

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