Domingo, 21 de Outubro de 2012, 10h:46 -
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Ah, Juruna!...
1977. Alçado à condição de ícone pela imprensa, pela sua inovação de gravar todas as suas conversas com políticos de todos os níveis, o cacique xavante Mário Juruna, que havia sido expulso da reserva de São Marcos em Barra do Garças e criou a sua própria aldeia – a Namakurá – chega ao Palácio Paiaguás para falar com o governador Garcia Neto. Mas como a audiência não tinha sido marcada, informaram a Juruna que Garcia Neto não ia recebê-lo. Juruna bateu o pé, ameaçou fazer um escândalo, denunciando sua discriminação à imprensa nacional. Foi atendido. Quando Garcia Neto lhe perguntou o que ele queria, Jueuna deu a ordem: “Manda todos esses pessoal sair daqui...”“Não posso, Juruna... essas pessoas trabalham como meus assesssores – afirmou Garcia Neto. “Então não tem conversa” – disse Juruna, ameaçando se levantar. Garcia Neto mandou todo mundo sair do gabinete.“Agora, sim, vamos conversar. Conversa de chefe para chefe ninguém tem que ouvir...”-
