A secretária Municipal de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Barboza Sampaio, disse ao HNT TV que a Prefeitura não tem recursos para contratar uma auditoria, mas afirmou que as dívidas herdadas do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) diminuíram a credibilidade do Alencastro com os fornecedores e a nova gestão precisou dar provas que teriam uma conduta diferente. Lúcia Helena afirmou que ao assumir o mandato, o prefeito Abilio Brunini (PL) esperava um déficit nas contas, mas o "desastre" deixado por Emanuel foi maior que o esperado ao ponto de motivar o decreto de calamidade financeira.
"Nesse aspecto, vamos colocar assim, financeiro, o desastre foi muito grande e até muito maior do que a gente imaginava inicialmente. Por conta dessa má gestão, nós tivemos que levar um tempo para descobrir muitos mais endividamentos. O maior dano é a falta de credibilidade, tanto do ponto de vista financeiro, quanto do ponto de vista da gestão como um todo", opinou a secretária.
O prejuízo inicial foi a impossibilidade de comprar insumos e suprir eventuais urgências. Diante do cenário, a solução foi promover um pente-fino nos contratos, negociando direto com as empresas os pagamentos pendentes. A secretária comparou a experiência a trocar o "pneu com o carro andando", uma vez que não era possível interromper a prestação do atendimento essencial aos cuiabanos.
"Tivemos que lidar com isso e tentar mostrar que a gente tem uma outra postura e que não existiam mais, digamos assim, atitudes não republicanas para que a gente conseguisse esses serviços, medicamentos e insumos", ressaltou Lúcia Helena.
Abilio criou a Comissão Econômica para fazer as revisões. O Secretário Municipal de Fazenda, Marcelo Bussiki (UB), é o responsável pela coordenação do grupo de trabalho que está revendo acordos comerciais em todas as pastas da Prefeitura. O número de servidores lotados nas secretarias também está no escopo da comissão, eles estudam se é possível promover exonerações de comissionados e a realocação de servidores para outros setores.
"Nós entramos, começamos a ver as coisas que tinham, tentando lidar com os endividamentos, com as notas a serem pagas e com as coisas que precisávamos adquirir, na medida que elas foram acontecendo. Então, é como o pessoal fala de trocar o pneu do carro com ele andando. É o que a gente está fazendo", finalizou Lúcia Helena.
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