Entende-se que a moradia é um direito básico do cidadão e, no âmbito da arquitetura, quando nos referimos a essa função social, isso não se limita apenas ao espaço físico; implicitamente, remete a qualidade de vida.
A casa adquiriu valor simbólico no decorrer dos anos, por possuir a função de abrigar seres humanos, ser palco das transformações na vida da família, proteger sua intimidade dos vizinhos e atender as necessidades do dia-a-dia, independente da configuração familiar, independente de alta ou baixa renda.
Portanto, quando falamos de um projeto residencial, estamos falando sobre a vida das pessoas. Daí a importância. O papel do arquiteto é pensar na rotina que você leva atualmente e como ela será daqui há 10, 20, 30 anos, com filhos, netos, a família toda, suas possíveis visitas, seus possíveis carros, bicicletas e animais de estimação. Seja só pra você e seu gato, ou pra família Buscapé inteirinha.
Importa se você gosta de luz natural, jardim, piscina. Se você pretende ter filhos, ou envelhecer nessa casa. Se você gosta muito de cozinhar ou não suporta bagunça. Se recebe muitos amigos, se coleciona coisas, se é viciado em seriados. Entende? A sua vida, por mais simples que seja, importa, pra conseguirmos planejar o espaço em que ela vai acontecer confortavelmente.
Por isso cada projeto é único. Essas informações vão se somar a quanto você está disposto a gastar, as características do local, se faz muito calor, se chove muito, se o sol bate na frente ou se tem uma vista linda no final da tarde.
Como arquitetos, precisamos captar a essência disso tudo, para construir mais que uma casa, um lar. E quem dá o sopro de vida a ele é você.
Leitor 13/04/2016
Acabo de ver uma excelente matéria sobre a Casa. Parabéns ao autor. Gostei
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