Edward B. Titchener alterou o sistema de Wundt, enquanto jurava ser um leal seguidor, um discípulo obediente. Mas como ser criativo, ele transgredia – com fundamentação- seu próprio mestre. Ele propôs uma nova abordagem que designou estruturalismo. Afirmou então o estruturalismo apresentava a forma de Psicologia postulada por Wundt. Entretanto, os dois sistemas são diferentes e o rótulo de estruturalismo só pode ser aplicado à concepção de Titchener.
Assim, o estruturalismo foi estabelecido por Titchener como a primeira escola de pensamento no campo da Psicologia. Para Wundt a mente tem o poder de sintetizar espontaneamente elementos. Já Titchener, se centrava nos elementos que compõe a estrutura da consciência, desvalorizando a sua associação.
Segundo Titchner, a tarefa fundamental da Psicologia é a de descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, ou seja, analisar a consciência nas suas partes constituintes para assim determinar a sua estrutura. Para tal, Titchener modificou o método introspectivo de Wundt. Ele se aproximou mais de Külpe, designando o método de: introspecção qualitativa.
Esse método consistia no seguinte: os observadores descreviam o seu estado consciente após submetidos a um dado estímulo. Titchener opôs-se à abordagem wundtiana no aspecto do uso de equipamentos e a sua concentração em medidas objetivas. De acordo com Titchener, o objeto da Psicologia é – à semelhança de Wundt – a experiência consciente. Ele afirmou que todas as ciências compartilham deste mesmo objeto, ocupando-se cada qual de um aspecto diferente.
Para Titchener, os problemas ou finalidades da Psicologia seriam: Reduzir os processos conscientes nos seus componentes mais simples; Determinar as leis mediante as quais esses elementos se associam e conectar esses elementos às suas condições fisiológicas.
Logo, os objetivos da Psicologia coincidem com os das ciências naturais.
Titchener propôs três estados elementares de consciência: As sensações, as imagens e os estados afetivos afetos ou sentimentos.
Beatriz Rufato
Psicóloga