A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra) retira 60 toneladas de lixo doméstico por dia das ruas de Primavera do Leste. Com mais de 50 bairros no município, o serviço de coleta precisa ser escalonado para poder dar cobertura para todas as regiões. Devido a extensão e quantidade de material descartado, o trabalho dos coletores precisa ser ágil para que todos sejam atendidos.
Recentemente, O Diário recebeu reclamações de que na região do Centro Leste os compartimentos em que os lixos foram colocados por moradores, entre latas, tambores e baldes, sumiram após a coleta. O fato de deixar o material em sacos plásticos foi descartado, pois segundo os leitores, traz mais sujeira já que os animais rasgam.
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Em conversa com o secretário da Sinfra, Henrique Gatto, ele explica que o sumiço dos compartimentos citados acima não possue ligação com os garis, já que o caminhão que realiza a coleta não comporta o recolhimento deste tipo de material. “Só é retirado lixo úmido, não há sentido pegar tambor, folhas ou madeira. Caso fizéssemos isto estragaria nossa prensa”, pontua.
Devido a necessidade de o trabalho ser ágil, Henrique salienta que os garis não possuem tempo hábil de colocar cada compartimento de forma correta e na porta de cada morador, mas ressalta que apenas o lixo doméstico é levado.
Para evitar maiores transtornos, a orientação do secretário é a implantação de lixeiras altas. Por mais que o valor seja pouco mais elevado, ele diz que compensa, pois evitará problemas com os tambores quebrados ou possíveis sumiços, além dos animais não conseguirem alcançar.
Segundo a Lei Municipal Nº 1.420, que institui o Código Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos e disciplina sobre a Limpeza Urbana de Primavera do Leste, a colocação das lixeiras são permitidas, mas desde que não prejudique o transito de pedestres.
É NECESSÁRIO CONSCIENTIZAÇÃO para preservação do meio ambiente
A preservação do meio ambiente, assunto tão comentado nos dias de hoje, é feita de iniciativas e atitudes diárias. Talvez a mais importante de todas as ações seja a reciclagem e descarte adequado dos resíduos
Para contribuir com a coleta seletiva é preciso tomar alguns cuidados na hora de separar o lixo e evitar danos ambientais, ou inviabilizar o aproveitamento dos resíduos.
Hoje a população possui a oportunidade de poder depositar o lixo separadamente de forma que cause menos danos ambientais, pois a cidade conta com três ecopontos.
Sobras de construção civil como cimento, restos de tijolos e azulejos, madeiras, móveis velhos, sobras de poda de árvore, papel, papelão, vidro, alumínio, tudo que for reciclável e outros materiais volumosos, em pequenas quantidades, podem ser deixados nos ecopontos.
Como trata-se de um ponto de coleta voluntária o morador é quem fica responsável por levar e descarregar os materiais. Os locais são cercados e contam com a colaboração de cooperados da Cooperlimp que, além de dar a destinação correta dos materiais, vigiam para não haver despejo de materiais que não podem ser jogados.
Todo o material recolhido é reaproveitado pela cooperativa ou caso não tenha aproveitamento, é destinado para o aterro sanitário municipal.
O funcionamento é seguido o horário comercial, de segunda às sexta-feira, das 7h às 18h, e aos sábados das 7h às 17h, com pausa para almoço.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Agricultura, Henrique Amaral, as unidades não abrem aos domingos, porém, é estudada essa possibilidade para implantação futura, mas para isso acontecer, dependerá da aceitação e adesão da população.
LEITORES ALEGAM QUE NEM MESMO FAZER RECLAMAÇÕES NA OUVIDORIA RESOLVEU PROBLEMA
Para agilizar a coleta do lixo, um gari passa antes e coloca os sacos de lixo na rua para que o caminhão recolha posteriormente, no entanto, neste tempo, animais e veículos danificam os sacos e toda a sujeira é espalhada.
Leitores do O Diário alegam que o fato de possuir lixeira alta não elimina o fato dos animais rasgarem o lixo, devido ao fato de deixarem na via antes da coleta.
“É brincadeira essa recomendação, né. Um gari passa tirando o lixo da lixeira e coloca no meio da rua, os cachorros rasgam o saco, espalham o lixo a procura de comida, daí horas mais tarde passa o caminhão do lixo e só recolhe o que está ensacado”, diz Isolde Medeiros.
Estela também se manifesta e salienta que já realizou reclamações, no entanto, não adiantou em nada. “Exato e isso ocorre na empresa terceirizada porque quando eram servidores municipais não acontecia isso, pelo menos no meu bairro. Uma vergonha, às vezes juntam o lixo às 8h para recolher às 14h, jogam os tambores para o alto. Um dia vou filmar”.
“Realmente eles fazem uma bagunça na minha casa a lixeira é alta e sempre deixamos os lixos separados e em sacos mais eles tiram jogam no meio da rua e é isso aí mesmo, os cachorros rasgam tudo e vira aquela bagunça... Esses dias eu estacionei em frente à minha casa de manhã e eles colocaram os sacos de lixo tudo na frente do carro eu entrei no carro não vi passei por cima e ainda danificou o para-choque do carro”, relata Adauto.
UMA PESSOA GERA EM MÉDIA 740 GRAMAS DE LIXO POR DIA
De acordo com o Banco Mundial, uma pessoa gera em média 740 gramas de lixo diariamente. Pode parecer pouco, mas multiplicado por 365 dias do ano são 270,1 quilos de lixo gerado. O resultado, 2,01 bilhões de toneladas de resíduos em todo o mundo no ano de 2016, a maior parte sem receber o tratamento adequado.
O órgão prevê que, até 2050, se nada for feito para diminuir a produção de lixo, a quantidade descartada pelas pessoas, empresas e governos pode crescer 70% sobre o que foi observado em 2016. Isso significaria 3,4 bilhões de toneladas de lixo geradas anualmente.
