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NOTÍCIAS Quarta-feira, 23 de Outubro de 2019, 11:00 - A | A

Quarta-feira, 23 de Outubro de 2019, 11h:00 - A | A

DEBATE

Audiência pública discute regras de convivência na Av. Porto Alegre

Baixa adesão da população surpreendeu organizadores

Jaqueline Hatamoto

Falta de iluminação, sinalização, som alto e muita falta de educação. Essas foram algumas das reclamações que moradores e comerciantes da Avenida Porto Alegre, expuseram durante a Audiência Pública, realizada nesta terça-feira (22), para discutir as normas de convívio harmônico na referida via. A medida foi tomada depois que o Ministério Público instaurou Inquérito Civil para apurar possível violação, desordem pública e perturbação do sossego alheio. O objetivo do encontro foi reunir as demandas para que sejam desenvolvidas políticas públicas, porém, a baixa participação popular surpreendeu os organizadores.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal, o vereador Paulo Márcio, todos os comerciantes que se encontram hoje instalados na referida avenida, receberam em mãos o convite para a audiência. “Fizemos convite a todos os proprietários de lojas na Avenida Porto Alegre, sendo protocolados e recebidos mais de 180 convites a comércios, onde objetivamos ter a presença da população para contribuir ainda mais com esse inquérito que tramita no Ministério Público. A participação não ocorreu como esperávamos, mas estamos aqui para contribuir com o MP”, frisou.

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O vereador Manuel Mazutti ressaltou que a apesar da baixa participação popular, os parlamentares estavam ali para representar o povo e tentar resolver o problema da melhor maneira possível. “Muita gente não veio, mas nem por isso que nós que aqui estamos, vamos deixar de fazer o que precisamos fazer, que é trazer alguns tipos de ideias, opiniões e deliberar”.

O vereador Mazutti é morador da Avenida Porto Alegre e ressaltou que hoje em dia a situação melhorou muito, em relação a outros anos. “ Estamos muito melhor do que estivemos. Haviam noites que era impossível de dormir, ao ponto de sair de casa e posar no hotel. Acredito que essa melhora um pouco se deve ao crescimento da cidade e também à instalação do Comando da Polícia Militar na área central. Ainda acontece de muitas pessoas fazerem da via ponto de encontro, mas isso devemos ponderar, pois a via pública também pertence a pessoa que saiu para se divertir. Não podemos tratar como criminosos. É necessário verificar todas as necessidades”, ressaltou.

O inquérito que hoje tramita no Ministério Público de Primavera do Leste, foi instaurado após denúncias feitas pelo vereador Luis Costa, depois dele receber diversas reclamações. Em tribuna, o parlamentar relembrou alguns casos que acompanhou.  “Muitas pessoas reclamaram de lixo, teve também o caso de um pastor da Igreja Universal que me chamou lá, pois estava sendo impedido de fazer o culto no domingo, pois jovens estavam ouvindo som alto e fumando narguilé na calçada da igreja. Hoje essa situação está bem melhor”, frisou.

Luis Costa ainda ressaltou que não vê outra alternativa para manter o convívio do que obedecer a lei. “Quando o MP fala em manter a convivência, eu só vejo isso através da lei e da ordem, seja em qualquer lugar”.

Além dos vereadores, participaram da audiência representantes do Executivo, Polícia Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL), comerciantes e moradores da Avenida Porto Alegre.

 

PARTIICPAÇÃO POPULAR

Apesar da pouca participação da população, quatro pessoas que estavam presentes no plenário fizeram o uso da palavra. As solicitações e apontamentos feitos pelos populares ficaram em torno da sinalização e iluminação da Avenida, maior fiscalização em relação a som alto e também a colocação de mais lixeiras. Quanto a criação de uma local apropriado para abrigar esses jovens, as opiniões entre os presentes foram divergentes, alguns se manifestando contrários e outros a favor.

 

O QUE SERÁ FEITO AGORA?

Agora a Câmara de vereadores deve montar um documento que deve constar toda a discussão levantada durante a audiência pública e encaminhar ao Ministério Público, para que órgão tome as devidas providências em relação ao assunto.

VÍDEO

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