Vários senadores comentaram, nesta quinta-feira (10), a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de regras para uso emergencial de vacinas contra a covid-19. Segundo a agência, a autorização poderá ser concedida depois de analisados os requisitos mínimos de segurança, qualidade e eficácia, já que ainda não há registro oficial de nenhuma delas. Com isso, os pedidos de laboratórios poderão ser analisados e ser concedida ou não autorização temporária para aplicação de doses.
Os parlamentares cobraram uma atuação rápida e segura do governo federal na liberação das vacinas, de forma independente de divergências políticas, e o início da campanha nacional de imunização contra o coronavírus. Nesta semana, o Plenário do Senado aprovou a realização de uma sessão de debate temático sobre o plano nacional de vacinação, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, e a coordenadora do Programa de Imunização do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, entre outros convidados.
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Pela internet, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enfatizou a urgência da vacina contra a covid-19. "Isso é uma vitória contra o negacionismo e em favor da vida! A vacina é cada vez mais necessária e urgente, vamos lutar pela sua ampla distribuição a todo o povo brasileiro".
Já o senador Paulo Rocha (PT-PA) registrou que o inicio da vacinação no Brasil é fruto de pressão da sociedade. "Após pressão popular e início da imunização em outros países, Anvisa aprovou regra que permitirá imunização em caráter emergencial, mas ressalta que nenhuma empresa ainda fez pedido oficial de liberação".
Para o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), a decisão abre caminho para laboratórios e empresas solicitarem o uso emergencial de seus imunizantes no Brasil. "A diretoria da Anvisa aprovou, há pouco, uma resolução com regras para o pedido e a aprovação de uso emergencial de vacina contra Covid-19. Nenhuma empresa, contudo, fez ainda pedido oficial de liberação. Outros países já iniciaram a vacinação de suas populações. E você, pretende tomar o imunizante, caso seja comprovada sua segurança e eficácia, independente do seu país de origem?", questionou, estimulando a população a se proteger conta o novo coronavírus.
Reinfecção
A decisão da Anvisa foi anunciada no mesmo dia em que o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus no Brasil. O caso foi registrado no Rio Grande do Norte, em uma profissional da área de saúde, de 37 anos. A primeira infecção da paciente ocorreu em junho e a segunda foi diagnosticada em outubro.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)