O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco – Polo de Rondonópolis), denunciou nesta terça-feira (11/02) 64 pessoas acusadas de integrar organização criminosa, denominada “Comando Vermelho”.
Ao todo, foram protocoladas 11 denúncias criminais. O trabalho é resultado da operação “Reditus”, desencadeada pela Polícia Civil com apoio do Gaeco em dezembro do ano passado.
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Conforme dados divulgados pela Polícia Civil, na ocasião foram cumpridas 108 ordens judiciais, sendo 67 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão domiciliares.
Cinquenta e sete alvos tiveram as ordens judiciais de prisão cumpridas, sendo 45 presos em Rondonópolis, 10 em Pedra Preta, um em Cuiabá e um na cidade de Amambai, em Mato Grosso do Sul.
A operação também resultou na apreensão de R$ 12 mil em dinheiro, oito veículos (cinco carros e três motocicletas) avaliados em R$ 300 mil, além do fechamento de dois estabelecimentos comerciais utilizados pelo grupo criminoso para lavagem de dinheiro e 18 volumes de informações produzidas durante a investigação.
De acordo com as 11 denúncias oferecidas pelo Gaeco, os acusados exerciam funções específicas na organização com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática dos crimes de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, crimes patrimoniais e até homicídios.
Os integrantes do grupo, segundo o Gaeco, exerciam “cargos” distribuídos em 10 funções: voz (líder), conselho, disciplina, espelho, tesoureiro, cadastro, gerente, padrinho, afilhado e companheiro.
Nas denúncias, o Gaeco descreve a participação de cada integrante da organização, dividindo-os em grupos que variam de seis a 10 pessoas por denúncia. Também foram anexados os antecedentes criminais de boa parte dos acusados.
ORGANIZAÇÃO: Em razão da localização geográfica, Rondonópolis, segundo o Gaeco, está na rota utilizada pelo tráfico de drogas.
“A facção criminosa “Comando Vermelho – CV-MT” conseguiu se instalar de forma rápida e o seu crescimento ocorreu de forma vertiginosa, na medida em que atualmente detém o monopólio do comércio de entorpecentes neste município e nas cidades circunvizinhas”, destacou o Gaeco.
Conforme apurado, a organização recebe mensalmente dos membros presos a quantia de R$ 20,00 e dos que estão em liberdade R$ 100,00.
“Além da criação de taxas, a organização possui um regramento interno. Os transgressores são punidos na medida da gravidade de sua violação”.