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Quinta-feira, 12 de Setembro de 2019, 13h:31 - A | A

PRIVATIZAÇÃO

Apesar de greve, Correios continuam realizando entregas

A greve segue o calendário nacional dos Correios, mas 30% da categoria continua ativa prestando tanto os serviços de atendimento daqueles que vão até as agências quanto o de entrega dos produtos.

HIPER NOTÍCIAS

A greve dos funcionários dos Correios, deflagrada nesta quarta-feira (11), não impede que as entregas de correspondências sejam realizadas. Ao HNT/HiperNotícias, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect), Edmar dos Santos Leite, explicou que a categoria segue com 30% dos trabalhadores ativos.

“A greve segue o calendário nacional dos Correios, mas 30% da categoria continua ativa prestando tanto os serviços de atendimento daqueles que vão até as agências quanto o de entrega dos produtos”, afirmou Edmar.

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Ele informou que a atuação da empresa pública de telégrafos brasileiros atua sobre o monopólio postal sobre cartas e telegramas. Assim, somente esse tipo de serviço foi afetado pela deflagração da greve.

Serviços de entregas de encomendas, por exemplo, continuam sendo realizados pelas respectivas empresas privadas contratadas pela população no ato da compra dos produtos.

“O monopólio é postal, mas se a pessoa quiser enviar um produto e for a uma agência de ônibus, por exemplo, ela consegue fazer esse despacho. Até porque o serviço de encomendas é livre, faz parte do mercado aberto”, explicou o presidente do Sintect.

Reivindicações

A greve dos Correios foi deflagrada por conta do não cumprimento do acordo coletivo firmado entre a empresa e os funcionários. A atualização do salário base dos trabalhadores é um dos itens que compõem o acordo.

“A empresa abandonou as negociações. No dia 1º de agosto venceu o período do novo acordo coletivo, mas até agora não teve o cumprimento das medidas. O salário não foi ajustado nem com a correção da inflação”, apontou Alexandre Aragão, membro da diretoria do sindicato.

"Hoje, nosso salário, que já não é alto, seria ainda mais achatado sem essa atualização”, disse Edmar.

Privatização

Outro ponto que se destaca na reivindicação dos trabalhadores diz respeito à contrariedade da classe frente à possibilidade de privatização da empresa. No final de agosto desde ano, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, apontou que há um estudo para que a empresa não seja mais estatal.

“Os Correios é uma empresa que está presente em mais de 5 mil municípios brasileiros. Desses, um total de 324 dão lucro suficiente para pagar suas contas e suprir as [dívidas] dos outros. Quando privatizar, será que as empresas privadas vão ter interesse em operar nas cidades que não dão lucro? Ou será que vão atuar somente nos 324 que geram renda”, questionou Edmar.

À reportagem, ele apontou que uma das consequências da privatização será o “esvaziamento” da presença de serviços postais em cidades do interior e, até mesmo, em bairros afastados dos centros das grandes cidades.

“As pessoas teriam de se deslocar de suas cidades para outras para terem acesso às suas correspondências. Além disso, é importante ressaltar que os Correios prestam importantes serviços públicos, como: distribuição de livros didáticos; entrega de urnas nas eleições; entrega das provas do Enem e de vacinas em períodos de campanhas”, finalizou.

 

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