A Polícia Federal descobriu um esquema bilionário que fraudava beneficiários de programas sociais e pessoas com direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao seguro-desemprego. O Fantástico, desde o domingo (20), mostrou que o golpe já desviou mais de R$ 2 bilhões do FGTS (veja no vídeo acima).
Era uma fraude sofisticada, movida por mecanismos digitais e acessos oficiais. Segundo a investigação, a quadrilha só conseguiu aplicar o golpe tantas vezes por tanto tempo porque teve ajuda de gente de dentro.
➡️ Funcionários da Caixa repassavam dados sigilosos e fundamentais para que os criminosos invadissem o sistema do Caixa Tem e teve servidor envolvido que foi além: sacou dinheiro pessoalmente na boca do caixa a mando do grupo.
Para montar a fraude, os criminosos acessavam - em páginas ilegais na internet - milhares de CPFs e passavam a identificar quem tinha benefícios ativos. Esses dados eram repassados aos funcionários da Caixa envolvidos no crime, que alteravam os cadastros das vítimas no aplicativo Caixa Tem, substituindo os e-mails dos beneficiários por outros controlados pela quadrilha.
Assim, eles conseguiam gerar novas senhas. Com isso, os criminosos passavam a ter controle total sobre as contas. Faziam transferências por PIX, pagavam boletos ou sacavam o dinheiro.
Como os valores dos benefícios não são tão altos, para conseguir mais dinheiro, a quadrilha ficava sempre repetindo o golpe. Precisava acessar o sistema do Caixa Tem centenas de vezes por dia. Para isso, usava um software que faz um computador funcionar como se fosse um celular. Neste caso, muitos celulares. O que permitia acessar e controlar muitas contas ao mesmo tempo.