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CLIQUE GERAL Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2015, 00:00 - A | A

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Mimimi do golpe

Nós, os roubados, queríamos que eles fossem trabalhar nas profissões na qual são formados do ponto de vista acadêmico ou técnico, mas eles não sabem, ou fingem não saber

JOÃO EDISOM


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João Edisom

 




Não é segredo para ninguém que o Brasil virou o país da mentira e do marketing inventado e não comprovado. Não estou falando de ninguém específico, mas de política e de todos os partidos: situação, oposição, laranjas e em cima do muro. Aliás, como se igualam os partidos quando se tornam situação. Muda a sigla mas não os modos operantes.


 


O pós eleição (que ocorreu em outubro de 2014) está tão ruim ou pior que a campanha até então projetada em cima de inverdades, chacotas, descalabros, falta de conhecimento, falta de projeto e de planejamento. O que vimos foi uma campanha em cima de um país fictício e inexistente. Volto a dizer: não estou falando de uma campanha especifica; estou falando de todas.


 


Que bom se eles soubessem que ninguém em sã consciências acredita neles. Nós, os roubados, queríamos que eles fossem trabalhar nas profissões na qual são formados do ponto de vista acadêmico ou técnico, mas eles não sabem, ou fingem não saber. Estão entupidos pelo seus próprios desejos de poder, um para não deixar a “teta, ou treta”, o outro para ter a “teta, ou treta” a qualquer custo.


 


Agora veja: estão todos cheios de mimimi, se for contra o que eles pensam é golpe. Golpe, gente, é fazer marketing em cima do suor do brasileiro. Eles mesmos já usaram e abusaram desse artificio. Eles quem? Todos os partidos e os políticos que sobem na tribuna; seja a favor ou contra o mimimi do golpe. Todos que estão na briga foram defensores do impeachment do governo Collor quando ele foi levado a renúncia e mais tarde a justiça o inocentou. Collor hoje é amiguinho governista. Bem, então eles que assumam que já foram golpistas uma vez na vida.


 


Não é porque penso que esta oposição é muito ruim que sou obrigado a ficar do lado de uma gestão meia boca. Também não é porque sou contra os disparates e despautérios do governo petista que sou a favor desta oposição. Eu sou a favor de uma investigação da Presidência da República, do presidente da Câmara, do presidente do Judiciário, do presidente do Senado e dos gestores passados e atuais, seja que partido for, pois tudo em torno deles cheira corrupção e rui feito castelo de areia. Mas se nada for encontrado, que os deixem em paz. Caso contrário tem que sair mesmo.


 


Se não encontrarem nada e mesmo assim tirarem o poder de alguém vou ser o primeiro a gritar que estão dando um golpe. Mas enquanto não investigar, o golpe é não permitir a investigação. A Dilma presidente é muito ruim, mas as opções que tínhamos não parecem tão melhores assim. Estão gestando, ou foram gestores, e seus governos também chafurdaram na mal explicada malversação do dinheiro público. Só não está pior porque muita coisa não foi investigada, mas precisa ser.


 


E não me venha com esta história de resgate da classe trabalhadora, pois o Partido dos Trabalhadores traiu o trabalhador e o que mais fez foi acossar com gente da elite brasileira. Prova disso são os presos de todas as operações, que não possuem carteira de trabalho e nem tem origem nas lutas da classe trabalhadora. Só não percebe quem está mamando junto ou a quem não foi dada a oportunidade para ver e entender o que fazem.


 


Reforma política não fizeram, reforma agrária não fizeram, mexer na macro economia nem pensar. Então é hora de deixar de mimimi, pois golpista por golpista todos estes políticos são, do PT e dos não PT, ambos sabem mesmo é mentir e fazer marketing com o inexistente.


 


“O ódio, tal como o amor, alimenta-se com as menores coisas, tudo lhe cai bem. Assim como a pessoa amada não pode fazer nenhum mal, a pessoa odiada não pode fazer nenhum bem”, Henoré Balzac.


 


E este patrulhamento constante os tornam todos iguais, achincalhadores e achincalhados estão na mesma vala e são tão iguais, coxinhas irresponsáveis e militantes desvairados. A farinha é a mesma, só o prato que está, por ora, em lado diferente.


 


*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.


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