A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira a Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória para investigar o superfaturamento das obras de engenharia executadas por empresas em dois dos quatorze lotes da transposição do rio São Francisco.
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Marcos Lopes/HiperNotícias
Pelo menos um mandado é cumprido em Mato Grosso. A assessoria da Polícia Federal, porém, não confirmou quantos são os alvos no Estado uma vez que as investigações são conduzidas no Pernambuco.
Cerca de 150 policiais federais de diversas regiões do pais estão dando cumprimento a 32 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, 4 de condução coercitiva e 4 de prisão temporária cumpridos nos estados de Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e em Brasília.
Os investigadores apuraram que empresários do consórcio responsável pela obra utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas destinadas à transposição do rio São Francisco, no trecho que vai do agreste no estado de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados, até o momento, são da ordem de R$ 680 milhões.
As investigações apontaram que algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome de um doleiro e a um lobista investigados na Operação Lava Jato.
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro.
O nome da operação faz alusão ao livro do escritor Graciliano Ramos, que trata sobre a no Nordeste. "Representa a mulher do sertão, que não se rende à miséria. Uma personagem descrita no livro Vidas Secas de Graciliano Ramos, como uma mulher forte, que fazia as contas do pagamento recebido do dono da fazenda onde trabalhavam sempre chegando à conclusão de que eram roubados".