19 de Setembro de2024


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Terça-feira, 15 de Dezembro de 2015, 00h:00 - A | A

PROCURADORIA

Max Russi ingressa com representação no MPF para suspensão de cobrança de pedágio na BR-163

DA REDAÇÃO



Na tarde desta terça-feira, 15, a reportagem do FOLHA DO SUL ON LINE recebeu a informação de que índios da etnia Enawenê Nawê estariam organizando um bloqueio nos pontos de pedágio localizados em dois trechos da BR-174, entre os municípios de Vilhena e Juína (MT). 

 

Os indígenas estariam revoltados devido ao delegado da PF no Mato Grosso, que está à frente das investigações sobre a morte dos dois jovens que foram executados na reserva deles na última semana, ter encaminhado à Justiça Federal pedidos de mandados de prisão contra pelo menos três líderes da tribo. 

 

O grupo de índios teria a intenção de fechar a rodovia que faz ligação entre os dois Estados no momento em que houvesse um grande numero de pessoas entre os dois pontos de bloqueio, na tentativa de mantê-los encurralados, ou até mesmo como reféns.  

 

A reportagem do site manteve contato via telefone com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para colher mais informações sobre a suposta ameaça.  O policial que atendeu a ligação disse não ter conhecimento sobre as intenções de manifestação, mas relata que a PRF está de prontidão para qualquer episódio que possa acontecer. 

 

A única empresa de ônibus que faz a linha Vilhena/Juína também foi procurada pela reportagem. O funcionário da TUT Transportes disse que, na manhã de hoje, um coletivo saiu com destino ao Estado vizinho, mas até o momento não houve qualquer relato de que tenha acontecido algo fora do comum. Outro ônibus que também tem como destino Juína sai de Vilhena já à noite e fará o trajeto pelo município de Sapezal (MT). 

 

O clima se tornou ainda mais tenso na região, após a Polícia Militar de Juína prender, na manhã desta terça-feira, 15, outras duas caminhonetes que estavam em poder dos indígenas e que constavam como objetos de roubo/furto. 

 



Além da suspensão da cobrança de pedágio, Max Russi também pediu a duplicação imediata de, pelo menos, 10% do total do trecho concedido; apresentação de cronograma de conclusão das obras; eliminação de praças de pedágio em desobediência à distancia mínima de 100 km entre elas; contratação de mais trabalhadores para funcionamento de todas as cabines e correção de todos os erros apontados no relatório técnico.


 


Entre as principais irregularidades, destacam-se, de acordo com o relatório: pavimentação de baixa qualidade ou defeituosa; sinalização inadequada, ineficiente ou sem obedecer ao rigor da norma; excesso de praças de pedágio em trechos de maior tráfego; ausência de acessibilidade nos postos de atendimento aos usuários e praças de pedágio, entre outros. Também conclui que “a rodovia possui baixo nível de segurança e oferece riscos elevados ao usuários, sendo necessário intervenções de grande porte e definitivas para eliminação dos riscos, sobretudo para execução de acostamento, áreas de escape, área de amortecimento e eliminação ou tratamento de obstáculos na faixa de domínio”.


 


Em relação à acessibilidade urbana, o relatório aponta que “foi possível observar que os problemas se repetem de maneira uniforme em todos os aglomerados urbanos, com maior intensidade em Rondonópolis, Juscimeira, São Pedro da Cipa, Cuiabá, Várzea Grande e Jangada”. 



 



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