Um jovem de 25 anos foi espancado até a morte na Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda (443 km de Cuiabá), após atirar em uma criança que, segundo informações da Polícia Militar, estaria ajudando os pais a procurar ouro no garimpo, considerado ilegal pela Justiça Federal.
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Arquivo Pessoal
Rodrigo Barbosa foi espancado pelos garimpeiros após atirar contra uma criança
O caso aconteceu na noite de domingo (13), por volta das 20h. Segundo relata o boletim de ocorrência, garimpeiros viram que Rodrigo de Souza Barbosa, 25 anos, atirou contra a criança e foram pra cima dele.
O rapaz chegou a correr, mas foi pego por vários homens que desferiram diversos golpes na cabeça e no estômago de Rodrigo. A Polícia Militar foi avisada do tiro no garimpo e foi averiguar a situação, mas quando chegaram ao pé do morro perceberam que vários homens tentaram se esconder ao avistar a viatura.
Ao descer, a PM se deparou com Rodrigo totalmente ensanguentado. Ele estava ofegante e não conseguia falar devido os ferimentos causados principalmente na cabeça. Com ele a polícia encontrou oito cápsulas de revólver calibre 38, mas a arma usada para atirar no menor não foi encontrado.
Descumprindo uma lei nacional, em que é proibido levar feridos para o hospital dentro da viatura, os policiais carregaram Rodrigo até a Santa Casa da cidade. Passadas duas horas, Rodrigo não resistiu e morreu no Box de Emergência. Ninguém foi preso pelo crime até o momento e a Polícia Civil tomou conhecimento do caso nesta manhã de segunda-feira (14).
Como o garimpo tem mais de mil pessoas trabalhando atualmente, inclusive utilizando explosivos para abrir os buracos em busca de ouro, o delegado Luiz Felipe Leoni disse que começará o processo investigativo hoje, ouvindo testemunhas e os policiais que atenderam à ocorrência.
André Romeu / HiperNotícias
O menor que tomou o tiro do garimpeiro Rodrigo foi encaminhado para Cáceres. Ele segue internado em observação. Ninguém da família dele quis comentar sobre o caso.
A segunda fase de busca pelo ouro na Serra do Caldeirão começou há 20 dias. Antes disso a Polícia Federal tinha fechado o local obedecendo ordem judicial do juiz de Cáceres, que considerou a extração de ouro no local como ilegal e determinou a prisão de garimpeiros e equipamentos, além do confisco do ouro.
