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Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2015, 00h:00 - A | A

SOFRIMENTO

Desesperada, irmã de jovem sequestrado por índios cobra explicações da Funai

RAYANE ALVES


PRF


índios - terenaS

Índios sequestraram os rapazes na manhã de quarta-feira (9)

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A irmã de um dos jovens que foram sequestrados na quarta-feira (10), por índios da etnia Enawenê-Nawê, do município de Juína (distante a 718 km de Cuiabá), está desesperada em buscas de informações sobre o paradeiro dos dois rapazes que estão desasparecidos há 48 horas. Eles estavam em direção ao Estado de Rondônia, quando se recusaram a pagar um pedágio que existe na BR-174, e acabaram disparando tiros contra os índios, que revidaram e fazem os rapazes de refém desde então. 


 


De acordo com Márcia Cristina Cardoso, o irmão dela Marciano Cardoso Mendes de 27 anos, havia sido convidado pelo amigo, Genesis Moreira dos Santos de 24 anos, para acompanhá-lo em uma viagem. Os dois saíram de Juína na manhã de quarta-feira (8) e iriam até Buritis, cidade do interior de Rondônia. O mais jovem, que trazia R$ 15 mil consigo, iria comprar roupas para vender em Juína. 


 


Por telefone, a irmã de Marciano disse que pelo menos um dos rapazes já foi morto pelos índios. Apesar das Polícias Federal e Civil negarem o assunto, um representante da Funai confirmou que viu o assassinato.


 


"Depois dessa notícia a gente não teve mais nenhuma informação. Era para a polícia ter chegado aqui ontem, mas até agora ninguém deu as caras por aqui. Não sabemos o que fazer, as horas estão se passando e nós continuamos sem respostas", desabafou Márcia. 


 


Ao ligar na Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcia disse que o órgão não quis abrir um inquérito para iniciar as investigações, muito menos, registrar um Boletim de Ocorrências. 


 



Da Assessoria/PRF


Protesto indios / PRF / Comodoro

Confusão começou quando os rapazes se recusaram a pagar pedágio



"Nós vamos acabar indo nesse local por que a polícia, governo do estado e a Prefeitura de Juína não se posicionam sobre o caso. Desse jeito, a confusão vai ficar maior e nós conseguimos chamar atenção. O que simplesmente queremos são respostas da Funai, por que simplesmente estão colocando a culpa em outros órgãos competentes", disse. 


 


CASO


A Polícia Federal já abriu inquérito para apurar as causas que levaram índios da etnia Enawenê-Nawê, a sequestrar os dois rapazes que recusaram a pagar pedágio na BR-174 e acabaram sendo levados para a aldeia sob ameaças de morte.


 


Márcia que tem parentes em Vilhena, escalou uma tia, que está acionando a Polícia Federal na cidade, a fim de resgatar os corpos dos dois rapazes, que teriam sido mortos pelos índios. A assessoria de imprensa da Polícia Federal garantiu que vários policiais já foram para a cidade para intervir na aldeia.


 


Os sequestrados teriam sido levados para a aldeia após a captura no pedágio. Porém, um servidor da Funai, que atua na reserva, teria convencido os índios a entregar os dois na Polícia Civil de Juína.


 


No meio do trajeto, um desentendimento teria acontecido e ambos jovens acabaram mortos a tiros pelos índios. Esta, segundo Márcia, é a versão contada pelo servidor da Funai, que teria testemunhado as execuções. 


 


Agora a família das supostas vítimas querem que a PF entre na reserva indígena de 700 mil hectares para confirmar se as mortes realmente aconteceram e resgatar os cadáveres. A operação era para acontecer no início da manhã de sexta-feira (11). A aldeia é de difícil acesso e os índios estão armados com espingardas e pistolas.


 


OUTRO LADO


A equipe de reportagem do HiperNotícias entrou em contato com a assessoria da Funai para saber explicações do caso, no entanto, a comunicação informou que no momento estão esperando o resultado das investigações para apurar o caso. 


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