Seis agentes prisionais do Complexo Pomeri estão sendo investigados por serem coniventes com abusos sexuais dentro do Centro Sócio-Educativo de Cuiabá. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos autorizou a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a facilitação de abuso sexual na unidade que abriga menores de idade infratores. O ato foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na quarta-feira (9).
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Imagem de Internet
Adão Baca Hermoza, Leandro Medeiros de Brito, Adriano Batista Andrelino, Gilberto Erik de Camargo, Júlio César da Silva Souza e Edivaldo Olberg são os agentes investigados.
Uma sindicância já tinha sido aberta em 2012 e, após identificar que havia elementos suficientes de desvio de conduta, se converteu em processo administrativo disciplinar, que pode acarretar como punição desde uma simples advertência por escrito à demissão do serviço público.
O agente Adão Hermoza, conhecido como “Wolverine”, tem o caso mais emblemático entre os investigados. Ele é apontado como o principal responsável pelos maus tratos, que incluem abuso sexual e até luta de boxe entre adolescentes internados no Complexo do Pomeri.
Ainda pesa a acusação de ter aberto uma das celas para que vários internos pudessem abusar sexualmente de um grupo de adolescentes. Todos os fatos foram investigados, ainda em 2012, pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA). O Ministério Público Estadual (MPE) já ofereceu denúncia e uma ação penal está aberta no Judiciário, tramitando em segredo de Justiça.