Os mapas meteorológicos começam a indicar o retorno das chuvas para parte do Centro-Oeste brasileiro no fim deste mês de setembro. Mas os especializas estão alertando que não serão chuvas generalizadas e devem se restringir a algumas áreas agrícolas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
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Segundo a meteorologista da Somar Heloísa Pereira, a umidade que vem do Norte do país e do Centro-Sul podem se conectar, trazendo essas precipitações pontuais à região central.
Em Mato Grosso, as precipitações devem ocorrer desde Aripuanã, passando por Comodoro, Primavera do Leste, Cuiabá, Campo Verde e Rondonópolis. Em Mato Grosso do Sul, cidades como Nova Andradina, Três Lagoas, Bataguassu e Água Clara estão na rota de possíveis chuvas de acumulado superior a 10mm.
O debate sobre o retorno das chuvas, além de todo contexto social vivido por moradores das regiões que sofrem com o excesso de calor, queimadas e umidade do ar abaixo de 10%, que tem consequências na saúde da população. Estão começando a preocupar também o setor produtivo e carro chefe da economia regional, isso porque a falta de chuva está atrasando a vida de quem precisa plantar na janela correta.
Por esse motivo a empolgação sobre a volta da chuva não deve ser elevada, pois ele pode vir em pouquíssima quantidade e a seca ainda deve voltar.
“É preciso ter extrema cautela com essa informação, pois os modelos de previsão indicam apenas o retorno da chuva ao Brasil central. A qualidade e quantidade dessas precipitações ainda não garantem um plantio seguro em todas as áreas produtoras, mas trazem alívio para a seca atual”, diz Heloísa.
Segundo a meteorologista, é preciso ficar atento, pois logo após essas chuvas há chance de uma janela de tempo seco aparecer, podendo durar mais de dez dias, o que atrapalharia o desenvolvimento inicial das plantas.
“Por enquanto, o conjunto de modelos indica esse padrão de janela de tempo mais seco até pelo menos a metade de outubro. E, isso pode sim prejudicar os produtores, ainda mais se a seca ocorrer acompanhada de calor acima da média”, comenta.
Heloísa Pereira ainda ressalta que vários fatores podem influenciar a chegadas das chuvas. “Apesar dessa não regularização, temos que dar o peso devido aos fatores climatológicos. Além disso, pensando na parte física do processo, a atmosfera está altamente aquecida, instável, cheia de núcleos de condensação formados pelas queimadas. Quando uma frente fria conseguir se alinhar à umidade da Amazônia e trouxer de volta a umidade ao Brasil central, essa convergência de fatores, aliada a esse cenário instável, vai proporcionar fortes temporais”, afirma.
Especificamente para Campo Verde, observamos a previsão do site meteorológico Climatempo e segundo ele não existe possibilidade de chuva para esta quarta-feira (18), as chuvas começam aparecer com alguma esperança a partir de quinta-feira (19) com probabilidade de apenas 5mm, seguindo assim por diante até o próximo domingo (22). A segunda-feira (23) já não tem mais probabilidade de chuva segundo as previsões do site.
Quanto a temperatura o calorão ainda permanece com máximas que se aproximam dos 40° e mínimas que não passam de 25°.