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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Sexta-feira, 26 de Julho de 2019, 09:40 - A | A

Sexta-feira, 26 de Julho de 2019, 09h:40 - A | A

CIDADE

DIA DOS AVÔS : nosso entrevistado fala sobre o amor aos netos e também critica a falta de atenção dos mais jovens

O amor é tanto, que mesmo sem intimidade nenhuma com o celular, seu Romeu disse que está aprendendo aos poucos lidar com a tecnologia.

Paulo Pietro
Campo Verde

Nesta sexta-feira (26) se comemora o Dia Mundial dos Avós, essas figuras geralmente carregadas de carinho, que são tão presentes na vida dos brasileiros muitas vezes passam despercebidos, mas para lembrar da data especial, O Diário realizou uma entrevista especial com um avô, um dos nossos leitores mais assíduos, que faça sol ou faça chuva sempre está presente em nossa recepção buscando sua edição impressa. 

 

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Estamos falando de Romeu Baum, que aos seus 80 anos e inúmeras dificuldades devido a saúde, continua firme na luta. Romeu tem três netos e três bisnetos, em comum entre eles é o carinho do avô, que mesmo a distancia permanece muito presente.

 

Ele conta que “a diferença entre ser pai e ser avô é muito pequena, eu e minha falecida esposa sempre dizíamos que ser avô é ser pai duas vezes, um dos nossos netos que mora em Campo Verde, por exemplo, foi praticamente criado conosco. Na nossa família nós sempre pregamos o amor ao próximo, com os netos e bisnetos não é diferente, agente tem um grande carinho e amor por eles.”

 

De origem sulista, da cidade de Passo Fundo no Rio Grande do Sul, mesmo tendo raiz humilde, os filhos de Romeu tiveram a oportunidade de estudar em boas escolas e posteriormente ingressaram em cursos superiores, “eu acredito que naquele tempo, não haviam tantas facilidades como existem hoje, quando olhamos para trás, percebemos que fizemos o melhor, mas nada é bom o suficiente que não possa ser ainda melhor, por isso com os netos, já em outra fase da vida costumamos ser mais atenciosos. Eu as vezes me sinto até um pouco perdido com essa questão tecnológica, mas podemos estar próximos a distancia.” 

 

Quanto à relação com os netos, segundo Romeu, “é muito boa, eu tenho mais contato com o neto que está mais próximo, tenho um pouco de dificuldade de viajar, mas eles vem me visitar vez ou outra. Mas o amor e carinho, sempre é o mesmo, agora através disso aqui (o celular), tem uma bisnetinha que nasceu agora que eu consegui acompanhar mesmo longe,” explicou. 

 

O amor é tanto, que mesmo sem intimidade nenhuma com o celular, seu Romeu disse que está aprendendo aos poucos lidar, justamente para poder ficar mais próximo de alguma maneira. 

 

Mas ele também fez uma crítica, a todos os mais jovens; “as vezes há um exagero, esse uso excessivo de celular da nova geração não é bom, em casa mesmo com os meus netos, que me visitam nos finais de semana, eu percebo que agente quer conversar, falar algo, mas eles sempre estão com o celular na mão. Assim como a internet que tem coisas boas e ruins vejo o celular, sinto falta de conversar pessoalmente, daquele olho no olho. E não é somente em casa não, nos comércios, nos bancos, hoje nem sei quem é o gerente da minha agencia, tudo vai lá resolver na máquina, opa onde fica o contato pessoal, a confiança.”

 

Ele ainda completou que se sente muito bem quando vai a igreja, quando ouve seu pastor falando, “lá é tudo cara a cara por enquanto, isso é muito bom.”

 

Ele também fez um alerta as pessoas, que elas respeitem os mais idosos, já quem por algumas vezes já se sentiu constrangido, com piadinhas e comentários, “eu passei por isso há pouco tempo aqui na cidade, estava esperando o banco abrir, tinha uma fila, mas eu fique na porta pois tenho 80 anos, com a saúde já fragilizada, ouvi uma piadinha no fundo da fila, não aguentei e respondi, disse que se um dia chegasse aos 80, e quisesse ficar na fila poderia me criticar, mas até então que respeitasse os mais velhos. Eu sou de uma criação diferente, onde o respeito por quem era mais velho era primordial, eu sinto que muitos jovens hoje em dia estão insensíveis a isso, não dão lugar no ônibus, reclamas se passar na fila, acho que talvez falte um pouco de educação em casa, pois isso que os mais velhos são, será o futuro deles também quando chegar lá,” finalizou.                       

 

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