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Como exemplo, O Diário pegou uma das principais vias e que, praticamente, cruza todo o centro e Bairro Primavera II, a Rua Piracicaba.
Via de mão única começa na Praça de Eventos e termina no “murão” do condomínio Cidade Jardim. Não é possível, no espaço físico desta página, citar todas as ruas que cruzam com a Piracicaba e não apresentam a placa de proibido converter nas esquinas.
Morador de Primavera do Leste há cinco meses, Carlos Cardoso de Moraes, relatou que está acostumado com o trânsito e conhece as vias que são contramão. “Trabalho com entrega e dirijo o tempo todo, para mim é fácil, mas para meus primos que passaram por aqui no mês passado foi complicado. Por duas vezes eles entraram em via errada, por não ter uma placa que indique a proibição de conversão. A Piracicaba foi uma delas”, relatou.
De acordo com o coordenador municipal de trânsito e transporte urbano, Wanderson Sato, a CMTU está fazendo o levantamento dos pontos onde há necessidade de instalar esse tipo de placa de sinalização. “Um pregão está em vigência desde 2015, para selecionar a empresa que fabricará as placas. Depois que o levantamento estiver pronto, será aberto o processo licitatório, para que as placas sejam colocadas”, garantiu.
Ao lado do Centro, no Bairro Primavera II, ainda seguindo a Rua Piracicaba, também foi possível visualizar as más condições das placas de parada obrigatória e em alguns cruzamentos, a falta delas.
Após a Avenida Minas Gerais, onde inicia o Bairro Primavera II, todas as ruas que cruzam com a Piracicaba passam a ser de mão dupla. A partir daí, foram registrados nove cruzamentos onde as placas estão somente em um dos lados das esquinas. Já as placas que proíbem a conversão na Piracicaba sentido Centro, em nenhum cruzamento a sinalização foi encontrada.
Sato também garantiu que depois da finalização do processo licitatório, todos esses problemas tendem a ser resolvidos e as placas antigas substituídas.
“As vias que não fizerem parte da área central, mas que apresentarem maior incidência de conflitos, também serão reparadas”, disse o coordenador.
Sobre a falta de placas de parada obrigatória nos bairros mais distantes do Centro, Sato explicou que, enquanto não houver recurso para que todos os cruzamentos recebam uma placa indicativa, os condutores devem se atentar ao que estabelece o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “No cruzamento de duas vias iguais, quando não há sinalização, a preferencial é do motorista que está à direita. Se todos os condutores seguirem as regras, mesmo sem a sinalização é possível que o trânsito flua sem acidentes”, opinou.
Wanderson Sato explica que nos bairros em um cruzamento de ruas iguais não é possível determinar qual das vias deve receber a preferencial. Elas têm o mesmo fluxo, mas os moradores querem a preferência para a rua onde moram, o ideal seria que eles seguissem a determinação do CTB, quanto a preferência para quem estiver à direita.
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Quem conhece
desconhece.
Quem não conhece
fica perdido.
Eis o destino
de uma cidade
que não consegue trabalhar
para mais uma vida salvar.
Murilo Conti Vieira
19/03/2016