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Os testes começaram na última quarta-feira (9), na Escola Estadual Verena Leite de Brito, em Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá. O equipamento, que identifica o estudante pelo rosto, também já foi avaliado em outra escola da rede estadual, na capital.
O superintendente de Tecnologia da Informação da Seduc, José Gil de Oliveira, afirmou que o teste não tem nenhum custo ou compromisso de contratação da empresa, que fornece a máquina. Segundo ele, antes de escolher a empresa para a prova de conceito, a secretaria buscou conhecer outras tecnologias, como a leitura digital, leitura de crachás, pulseiras e chips nos uniformes.
O equipamento instalado no pátio da escola deve fazer a leitura do rosto do estudante no momento da entrada. Há uma tolerância de atraso de até 30 minutos. Após este período, os pais recebem um SMS informando a ausência do aluno naquele dia. Além disso, a administração da escola e a Seduc também recebem o percentual de presença total de alunos na escola naquele período.
Com o sistema funcionando, os professores terão um ganho no tempo de aula de até oito minutos, pois não haverá necessidade de fazer a chamada de presença. A Seduc informou que espera que o controle sistematizado da frequência dos alunos também ajude na redução do desperdício da merenda, consumo de papel e gasto com telefonia nas unidades de ensino.
Em 2015, segundo um levantamento do órgão, foram identificados mais de 38 mil alunos “fantasmas” nas escolas estaduais de Mato Grosso. Tratam-se de matrículas inconsistentes que inflam o número de estudantes nas escolas para elevar o montante de investimentos repassados pelos governos federal e estadual às unidades.
A tecnologia promete captar a frequência do aluno por meio da leitura da face e o bloqueio da duplicidade de matrícula ou matrícula inexistente, diminuir a evasão escolar, agilizar o fechamento do diário eletrônico e evitar retenção escolar. Anteriormente, a mesma prova de conceito foi realizada na Escola Estadual Rodolfo Augusto Trechaud e Curvo, em Cuiabá, e teve a aprovação da comunidade escolar.
Segundo a assessoria da Seduc, não há prazo para a implantação da leitura biométrica facial nas escolas.
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Quem sabe não há falsa faciação
dos possíveis fugitivos.
Quem sabe a usurpação
ocorra em eventos descabidos.
Há "menas" ladroagem
nas santas escolas.
Porque não haverá
nas demais aulas
o falso sentido
da bela educação.
Pois o que fazemos
nos imitam.
Murilo Conti Vieira
15/03/2016