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O cenário no Instituto de Cardiologia, que fica no bairro Santana, ainda é de destruição. No local, são realizados atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Muitos pacientes viajam do interior do estado para realizar exames. Alguns não sabiam o que havia acontecido na instituição e ficaram sem atendimento.
Cerca de 200 pessoas seriam atendidas no Instituto de Cardiologia nesta segunda. Uma das salas de espera ficou destruída. Luminárias caíram e deixaram a fiação exposta, paredes foram destruídas e tijolos estão misturados com parte do forro do teto, que caiu. A ala, que é nova, foi reformada há cerca de três anos.
"Está absolutamente desmanchado. Não sabemos o que vamos fazer. Aqui, prazo para recuperação não temos", diz Nelson Nonoai, médico do hospital.
O Hospital Mãe de Deus, localizado no bairro Menino Deus, segue com atendimento restrito em função do temporal. O abastecimento de água e de energia elétrica já foram normalizados. A emergência continua fechada.
A instituição de saúde está priorizando o atendimento de pacientes já internados e aqueles que correm risco de morte. O centro obstétrico também está fechado. As cirurgias eletivas foram canceladas e serão reagendadas, assim como alguns serviços de diagnósticos feitos no hospital.
O final de semana foi de muito trabalho no Hospital de Clínicas, no bairro Santa Cecília. Em função do temporal, várias alas foram alagadas e o prédio teve diversas janelas quebradas. Aos poucos, o atendimento vai sendo normalizado.
A área de pacientes críticos da emergência permanece fechada. O centro de tratamento intensivo (UTI) ainda tem leitos bloqueados. O bloco cirúrgico tem apenas metade da capacidade em funcionamento. As cirurgias eletivas foram canceladas.
Os hospitais Ernesto Dornelles, Pronto Socorro e Moinhos de Vento funcionam sem restrições.
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Preando a vida de carne,
essa vida que constrói
a organização do planeta
que podemos chamar
de nossa casa.
Na intensificação,
de uma natureza boa,
criada pelos humanos,
é o que pode nos elevar
em outras dimensões.
O que queremos
não fazemos,
ou simplesmente,
só comentamos,
e assim,
não salvamos.
Murilo Conti Vieira
01/02/2016
