O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária elevou sua estimativa de produção de milho do Estado na safra 2017/2018 para 25,91 milhões de toneladas, ante 24,74 milhões de toneladas da projeção anterior, divulgada em dezembro do ano passado. Somado ao estoque inicial na temporada, de 90 mil toneladas, o volume resulta em oferta de 25,99 milhões de toneladas no período, 2,13% acima do projetado no último boletim.
A revisão foi publicada e se justifica "por causa das condições climáticas mais favoráveis ao desenvolvimento das lavouras", conforme o Imea. O instituto fez a ressalva, porém, de que em razão do menor investimento em tecnologia e da perspectiva de uma área plantada menor que na safrinha de 2016/2017, a oferta mato-grossense de milho em 2017/18 será 14,71% inferior à da temporada passada.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
A demanda pelo cereal do Estado projetada agora, de 25,89 milhões de toneladas, é 2,13% maior que a prevista em dezembro. Um dos motivos para o reajuste é a maior procura das usinas de etanol pelo produto do Estado, estimada pelo Imea em 5,23 milhões de toneladas na temporada.
O número previsto para as exportações estaduais, de 15,68 milhões de toneladas, continua menor que o da safra passada em 22,84%, mas supera as 15,58 milhões de toneladas estimadas pelo Imea em seu último levantamento. Além disso, o instituto projeta vendas para outros Estados do País de 4,98 milhões de toneladas, acima das 4,53 milhões de toneladas no ciclo 2016/17.
Safra 2016/2017
O Imea manteve sua projeção de oferta de milho de Mato Grosso da safra 2016/2017 em 30,47 milhões de toneladas, dada uma produção consolidada em 30,45 milhões de toneladas e estoque inicial de 20 mil toneladas. Mas elevou em 2,08% a estimativa de demanda, para 30,39 milhões de toneladas, em virtude da perspectiva de exportações de 20,32 milhões de toneladas “possibilitadas pela fluidez nas vendas durante os leilões públicos”.
O consumo interno em Mato Grosso também foi reajustado para 4,54 milhões de toneladas, por causa da maior demanda pelo cereal por usinas de etanol - no boletim de dezembro, a previsão era de 4,37 milhões de toneladas. Já a procura de compradores de outros Estados por milho mato-grossense foi revisada para 4,53 milhões de toneladas, contra 6,48 milhões de toneladas esperadas em dezembro.